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O
pintor de retratos L&PM, 2001
Em Portugal: O Pintor de Retratos.
Porto: Ambar, 2003.
Leia
um capítulo do livro

O pintor de retratos - un
extrait
O
fotógrafo francês Nadar (Félix Tournachon) era uma
celebridade. Atravessou o século 19, indo morrer aos noventa
anos em 1910. Por suas lentes cruzaram algumas das maiores
figuras da época, de Victor Hugo a D. Pedro II. Diziam que
ele capturava a alma dos modelos, e nisso era insuperável.
Mas o protagonista deste romance é Sandro Lanari, um pintor
de retratos nascido na Itália. Sua vida se transforma no dia
em que vê, numa vitrine em Paris, a foto - feita por Nadar -
da jovem Sarah Bernhardt, a que seria grande diva do teatro
internacional. Fascinado pelo retrato, procura Nadar e
faz-se fotografar por ele. O resultado desconcertante conduz
Lanari a declarar guerra a todos os fotógrafos do mundo.
Emigra para o Brasil, onde sobrevive como pintor de retratos
até que, por uma circunstância ao mesmo tempo trágica e
fortuita, torna-se também ele fotógrafo. Participa, sempre
como coadjuvante, de revoluções pelo pampa, vagueia pelo
interior do Estado, abandona a pintura, prospera como
fotógrafo em Porto Alegre e finalmente retorna à Europa,
onde o aguarda seu passado - e Nadar.
É a trajetória de um homem e seus desacertos,
e de uma precária ambição. Seu paradigma é o de um grande
artista, mas em que se transformou sua vida? Na perfeição do
retrato de Sara Bernhardt pode estar a chave de tudo.
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